O óleo de coco tem um alto teor de gorduras saturadas e propriedades inflamatórias. Foi isso que disse um estudo recente, realizado e publicado na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
O que é verdade: a gordura saturada presente no óleo de coco também pode aumentar o colesterol LDL e contribuir com o aumento da gordura abdominal. Estes fatores aumentam o risco de doenças cardiovasculares.
O que é mentira: que ele é um dos piores alimentos do mundo e que deve ser evitado em toda e qualquer situação.
Explico:
O estudo comparou o óleo de coco com azeite de oliva. Mais uma vez, a gordura da fruta aumentou o LDL (o colesterol ruim). A explicação está no perfil dos ácidos graxos do óleo de coco, composto em 82% de gordura saturada, relacionada diretamente às doenças cardiovasculares.
Foi comprovado também que o uso do óleo de coco para a finalidade antibacteriana, como muitas pessoas usavam, não deve ser indicado para esse fim por não possuir benefícios.
Porém, outros estudos, feitos anteriormente, comprovaram que o óleo de coco é riquíssimo em ácido láurico, o mesmo ácido graxo presente no leite materno.
É naquela parte carnuda, branquinha e suavemente doce do coco que se encontra essa substância, com tantas aptidões para promover a saúde. O ácido láurico compõe a maior parte das gorduras do coco, e como se trata de um ácido graxo de cadeia média, ele pode contribuir para elevar o nível de HDL, o chamado colesterol bom. Ou seja: dá uma força para manter as taxas de colesterol sob controle, contrariando totalmente as novas hipóteses levantadas em Harvard.
A rápida absorção é outra característica aclamada desse tipo de gordura, porque acelera o gasto calórico. É claro que, sem aderir a uma dieta equilibrada, ninguém deve esperar perder pneuzinhos e ver despencar os ponteiros da balança usando o coco como uma poção mágica. Mas uma pesquisa feita na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) evidenciou melhora no Índice de Massa Corporal (IMC), redução da medida da cintura e diminuição dos triglicerídeos em pessoas que consumiram o leite de coco, igualmente rico em ácido láurico. Além disso, esse componente participa dos processos de defesa do corpo, sendo um aliado no aumento da imunidade, com ação antimicrobiana e antifúngica.
Para fazer jus a esse coquetel de benefícios, o poderoso alimento deve ser levado à mesa com regularidade. E o melhor é que não faltam versões para incluir o coco no cardápio: em pedaços, ralado, em forma de farinha, de óleo – e agora também em leite pronto para beber. Mas, o seu excesso pode sim fazer mal.
Acredito, fielmente, que é esse o alerto que o estudo de Harvard queria nos fazer.
Desde que ele foi relacionado à perda de peso e medidas, as pessoas passaram a usar o óleo de coco indiscriminadamente, de forma excessiva e nas mais variadas preparações. Esse excesso, não é bom.
Como tudo nessa vida, devemos consumir tudo com cautela e equilíbrio! Mesmo sendo considerado vilão por uns, possui muitos benefícios comprovados por outros. Enquanto não se tem uma definição, minha recomendação continua a mesma de sempre; equilíbrio.