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Low carb: A ação da insulina na perda de peso – e porque não são apenas as calorias que contam

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Low carb: A ação da insulina na perda de peso – e porque não são apenas as calorias que contam

Você faz dieta low carb? Faz algum tipo de alimentação para a perda de peso? Já tentou inúmeras dietas, passou fome, fez promessa e ainda assim os quilinhos a mais não te largam?
Não se sinta sozinha: atendo dezenas de mulheres todas as semanas em meu consultório com essa mesma dificuldade.
Hoje vou explicar para você porque todas essas dietas podem não dar certo e como a ação da insulina participa do processo de perda de peso, muitas vezes impedindo você de emagrecer, mesmo que esteja comendo pouco.
Primeiramente, a insulina é um hormônio produzido pelo nosso pâncreas, que permite a entrada de glicose nas células para que ela seja transformada em energia. Ela age como uma chave que abre as fechaduras das células do seu corpo, permitindo que a glicose (açúcar que está no sangue como resultado da digestão de carboidratos) entre e seja usada para gerar energia em suas atividades.
Sempre que você come um carboidrato, por exemplo, o seu cérebro sinaliza ao seu pâncreas para que ele produza insulina. Ele vai produzir de acordo com a quantidade que você consumiu, mas principalmente de acordo com o volume de carboidrato que será absorvido de uma única vez. Ou seja: se o carboidrato consumido for de um alimento simples ou refinado, que é absorvido pelo organismo rapidamente, a produção de insulina será maior do que quando o carboidrato ingerido for de uma fonte integral, ou que esteja combinado com proteínas e gorduras (nutrientes que são absorvidos de forma lenta e por isso tornam lenta a absorção do carboidrato consumido na mesma refeição).
Quando a refeição é rica em carboidratos simples e de fácil absorção, a insulina precisará ser absorvida em maior quantidade. Isso não seria um problema se esse excesso de insulina fosse imediatamente excluído após o uso, mas não é isso que acontece.
Uma vez produzida, cada molécula de insulina tem 6h de “vida”. Ou seja: insulina em excesso = absorção rápida de carboidratos = insulina circulando no sangue, sem função.
Essa insulina que “sobra” fica circulando pelo sangue, tendo 2 funções:
1- Sinalizar para o cérebro que está faltando energia (pois não há mais carboidratos ali para serem transportados por ela)
2- Armazenamento do carboidrato consumido em forma de gordura
As consequências dessas 2 funções, então, são:
a- Aumento da vontade de consumir carboidratos (doces ou salgados), gerando compulsão e, ao mesmo tempo, gerando muito cansaço, fadiga e indisposição
b- Aumento dos estoques de gordura (principalmente abdominal), que resulta em aumento de peso e dificuldade em emagrecer
“Ah nutri, então quer dizer que o problema todo está na insulina?” “Mesmo comendo poucas calorias posso não conseguir emagrecer?”
Sim.
E é exatamente por isso, que a low carb pode te ajudar! Não basta consumir poucas calorias apenas. Quando consumimos um doce, por exemplo, ele é rapidamente absorvido, então rapidamente chega a mensagem para o pâncreas produzir muita insulina, pois estão sendo absorvidas várias moléculas de glicose juntas, ao mesmo tempo. Rapidamente elas serão convertidas em energia e seu excesso em gordura, gerando mais vontade de comer doces e massas ou pães. Com isso a pessoa ganha peso e gordura, ao mesmo tempo que tem mais vontade de comer. E tudo isso, independente dela ter consumido poucas calorias.
Em contrapartida, com um maior consumo de proteínas e gorduras, consome-se mais energia (calorias) mas estes são nutrientes que não precisam da insulina para serem metabolizados ou absorvidos. Ou seja: são alimentos na maioria das vezes mais calóricos mas que não despertam no organismo a necessidade da produção de insulina. Esse é o segredo para quem deseja comer mais e sentir menos fome, mesmo durante um processo de perda de peso.
Com a low carb você conseguirá controlar a sua ingestão de carboidratos e evitar que haja picos de insulina, fazendo com que ela seja produzida sem excesso e sem favorecer o armazenamento de gordura.
Com isso, podemos concluir que não são apenas as calorias que contam em uma dieta, e sim a qualidade e a combinação certa de cada alimento nas refeições.
Vale lembrar também que a dieta low carb é a melhor conduta nutricional para o tratamento e controle da Síndrome do Ovário Policístico. Mas não é qualquer low carb que resolve. A dieta para tratamento efetivo e definitivo da SOP deve ter inclusão de alimentos específicos que estimulam o controle hormonal, ao mesmo tempo que evita algumas fontes proteicas que na dieta low carb para emagrecimento seriam permitidas.
Procure um nutricionista e tenha uma dieta específica para a sua necessidade!

2018-11-23T14:35:12+00:00