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Materno: Paciência e empatia na introdução alimentar

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Materno: Paciência e empatia na introdução alimentar

Você tem enfrentado dificuldade para fazer a introdução alimentar do seu filho?

Quem é mãe, sabe: bebê não vem com manual de instruções, e para piorar, cada serzinho é um. Bebês tem personalidade, preferências, gostos pessoais e tudo isso deve ser respeitado e até incentivado por nós mães. Difícil mesmo é lidar com todo esse conjunto em algumas fases da primeira infância. Um dos obstáculos mais difíceis dessa fase tem nome: introdução alimentar.

Antes de mais nada, vale ressaltar: toda e qualquer mãe ou pai tem o direito de errar. Importante é errar com desejo de acertar, fazendo sempre nosso melhor e agindo com paciência e amor.

Ter empatia e carinho nos momentos difíceis não só os tornam mais fáceis como também nos ajuda no papel mais importante das nossas vidas: o de transmitir bons valores e educação para essas pessoinhas.

A fase de introdução alimentar é quase uma hora da provação!! É nesta fase que o nosso filho irá formar seu hábito alimentar, desenvolver gostos e preferências alimentares que o acompanharão pelo resto da vida. Mas calma; isso não quer dizer que eles nunca mais poderão mudar de preferências. Um dos grandes medos dos pais é que eles não consigam estabelecer uma boa relação dos seus filhos com alguns grupos de alimentos, e que eles nunca mais reestabelecerão essa relação.

Não é incomum vermos crianças que não consomem determinados alimentos crescerem adolescentes seletivos mas que na fase adulta, por algum estímulo, acabam passando por uma reeducação alimentar que os leva a provar e aprovar alimentos que antes não consumiam.

Claro que, como pais, não devemos nem podemos contar com essa reeducação alimentar na fase adulta, e que por isso devemos dar nosso melhor para uma educação alimentar primária variada e não seletiva. Quero apenas tranquilizar você em relação ao que pode acontecer no futuro, tirando das suas costas a responsabilidade total pelos hábitos alimentares do seu filhote quando ele for adulto.

Mas Carol, como fazer uma introdução alimentar sem estresse e traumas?

O primeiro e mais importante item: lembre-se que cada bebê é um bebê, e que o tempo de um nem sempre será o tempo do outro.
É consenso que a introdução alimentar deva começar aos 6 meses de idade. Mas será que todo bebê está preparado para comer com essa idade?
A resposta é não. E você não precisa se desesperar por isso.
O aleitamento materno deve ser exclusivo até o sexto mês de vida, e o leite materno continua sendo o principal alimento do bebê até 12 meses completos, ou seja, 1 ano de vida.
Você sabe o que isso quer dizer? Que dos 6 aos 12 meses de idade, o leite materno é o principal alimento do bebê e a os alimentos sólidos da introdução alimentar são complementares.
Se o seu bebê não aceita bem os alimentos, come pouco (às suas vistas) e não tem um paladar tão fácil assim, calma! Você ainda tem alguns bons meses para esse quadro mudar, e isso não acarretará prejuízo algum na saúde dele.

Meu próprio filho por exemplo, mamou exclusivamente no peito até 8 meses. Antes disso não aceitava nenhum alimento, cuspia e tinha ânsia com tudo que oferecíamos a ele. O que eu fiz? Esperei que ele desse sinais de que estava pronto para comer. Voltei a oferecer alimentos quando ele demonstrou interesse, tentando pegar os alimentos que nós comíamos em casa, salivando ao nos ver fazer uma refeição ou até buscando frutas nas fruteira de casa. Com 8 meses ele estava pronto, tinha interesse e sentia vontade de comer. A introdução alimentar aconteceu nessa época, sem estresse, sem traumas e sem pressão de nenhum dos lados.

Além de saber esperar o melhor momento para introduzir os alimentos, algumas atitudes podem facilitar o processo, quando ele começar:

1) Não adie a introdução de proteínas e outros grupos alimentares. No ato da introdução alimentar, todos os grupos devem ser oferecidos ao bebê, um a um e separadamente, mas sem aguardar grandes períodos para essa introdução.

2) Não bata a comida no liquidificador. Os alimentos devem ser oferecidos amassados ou em pequenos pedaços, mas não liquidificados ou em forma de papinhas líquidas. O melhor é oferecer os alimentos separadamente para que o bebê possa identificar os diferentes sabores, texturas e cheiros, e sempre em pequenos pedaços capazes de incentivar a mastigação e o nascimento dos dentes.

3) Não force ou use métodos para distrair a criança enquanto ela se alimenta. Prestar atenção no que estamos fazendo, sentir o sabor e a textura de cada alimento e ter consciência sobre o momento da refeição é primordial para uma boa introdução alimentar. Lembre-se, novamente, que até o primeiro ano de vida os alimentos são apenas complementares. Ou seja, seu bebê não precisa comer muito nem raspar o prato. A principal função dessa fase e coloca-lo em contato com diferentes sabores e texturas, e para isso não precisa de muito! Deixe-o tocar nos alimentos, satisfaça suas curiosidades e não o faça comer a todo custo. Desenhos e outras distrações para esse momento não são uma boa alternativa.

Não esqueça de você!

O primeiro contato do seu filho com os sabores começa, na verdade, quando ele ainda está no útero. Pesquisas mostram que grávidas com dieta diversificada costumam dar à luz bebês mais abertos à experimentação alimentar.

Até o leite materno fica com o gosto daquilo que a mãe come. Por isso, os cuidados com a sua alimentação são essenciais.

Mas não é só você que precisa fazer sacrifícios. Afinal, como é que você e o pai vão exigir que a criança evite doces e coma saladas se essa não é a regra da casa? Caso a família como um todo não se alimente bem, uma mudança de hábitos é necessária antes que o bebê chegue à introdução alimentar.

Parece clichê, mas é a mais pura verdade: nossos filhos são reflexos de nós mesmas e das pessoas com quem ele convive. Se você deseja que seu bebê seja flexível e coma de tudo, comece você mesma a aplicar isso no seu dia a dia!

No mínimo 15 vezes

Você deu um caqui, ele cuspiu. O maior erro é assumir a derrota e deixar a fruta de lado. Primeiro porque é natural que o bebê jogue os alimentos para fora com a língua. Afinal, ele está imitando o movimento de sucção, e ainda não aprendeu a como deglutir.

Os pais devem oferecer de 12 a 15 vezes o mesmo alimento para que o bebê aprenda a gostar. A insistência não pode ser feita de qualquer maneira. O ideal é que se espere alguns dias para tentar novamente e que o alimento venha apresentado também de diferentes maneiras. Por exemplo, um dia a cenoura vem ralada no arroz, depois, cozida em pedaços. No terceiro dia, tente purê ou bolinhos, e por aí vai.

Lembre-se também dos temperos. Nem todos costumam ser bem aceitos pelos pequenos. Coentro por exemplo, pode ser o seu preferido, mas talvez o filhote precise de mais maturidade e alguns anos a mais para aprender a gostar de um sabor tão marcante.

Claro que a comida não precisa ser sem gosto nem tempero algum, mas lembre-se sempre de que o tempero deve ser um toque a mais, e nunca substituir o sabor verdadeiro do alimento.

Não compare, não ameaça nem faça substituições
Mantenha sempre a calma e não demonstre nervosismo ou irritação com a recusa alimentar, já que atitudes como essa vêm acompanhadas de uma associação negativa do alimento. Em outras palavras, podem gerar trauma e dificultar ainda mais o seu trabalho.

Ou seja….
Calma! Respira, todas já passamos por isso. Com paciência e perseverança, eu acredito que construiremos um futuro de muito mais saúde e bons hábitos alimentares para aqueles a quem mais amamos!! Podem contar comigo nessa tarefa.
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2018-10-19T20:27:10+00:00